entrevista

'A cooperativa traz um modelo mais justo', afirma Diretor de Mercado do Sicoob

18.398

data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Diretor de Mercado do Sicoob, Edvander Zambon
Foto: Renan Mattos (Diário) 

De acordo com o relatório divulgado pelo Banco Central (BC) no início deste mês, o Sicoob se tornou a terceira colocada em número de agências de atendimento no seguimento financeiro brasileiro, com 3.480 postos em todo o país. Em entrevista ao Diário, o Diretor de Mercado Edvander Zambon fala sobre a evolução da cooperativa, que está em Santa Maria desde agosto do ano passado.

Diário - O Sicoob está há cerca de um ano em Santa Maria, mas não é tão conhecido na Região. Por que escolheram Santa Maria para se e qual é a rede do Sicoob?

Edevander Zambon - O Sicoob conquistou a terceira posição a nível nacional em termos de rede de atendimento. Temos 3,5 mil agências. O Rio Grande do Sul era um Estado que a gente precisava vir, até pela força que o cooperativismo tem aqui. Iniciamos a nossa expansão em meio à pandemia no ano passado e o negócio tem acontecido. A comunidade tem nos recebido porque o gaúcho é cooperativista. Temos exemplos centenários de sucesso aqui. O sistema tem buscado expandir em nível do Brasil. O Sicoob é muito forte nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e, no Paraná, o cooperativismo também é muito forte. A nossa cooperativa vem do Paraná para se instalar no Estado. Quer apoiar as comunidades. Viemos com um portfólio completo de produtos e serviços para atender a pessoa física, o produtor rural, as empresas e indústrias. A gente quer trazer o nosso diferencial. Estamos convidando as pessoas a conhecer a cooperativa. A gente tem uma visão de excelência no atendimento e , principalmente, humanizar as operações financeiras.

Com nova linhagem de vírus, Estado tem 16 regiões em bandeira vermelha

Diário - Em números de agências, vocês só ficam atrás de quais bancos?

Zambon - Banco do Brasil e Bradesco. As instituições bancárias têm feito um movimento que é reduzir o número de agências para reduzir custos. O cooperativismo de crédito está fazendo um movimento contrário. Está ocupando as cidades. A gente trabalha em pequenas cidades. Temos agências em Santa Maria, Pelotas, Rio Grande, mas também em cidades de 3 mil habitantes. As pessoas têm enxergado valor no cooperativismo. É um modelo mais justo.

Diário - Para quem não entende muito a diferença entre um banco tradicional e uma cooperativa de crédito, quais são as diferenças?

Daer vai trocar 17 sedes por obras rodoviárias

Zambon - Inicialmente, a cooperativa não tem um objetivo específico de gerar lucro porque quando ela está gerando sobra, ela está tirando do seu associado, que é o dono. Então, ela pratica taxas de juros menores, cobra tarifas menores e remunerar o seu associado. No final do ano, as cooperativas geram os seus resultados e distribuem os valores sobre a movimentação financeira dos seus associados. Um exemplo bem prático: já temos os resultados do ano passado e estamos trabalhando as formas de distribuição na assembleia. Se tudo se confirmar, o nosso associado vai ter deixado suas aplicações financeiras por 12 meses na cooperativa e a sua rentabilidade vai ser de quase 20 meses. Ou seja, as sobras vão proporcionar oito meses a mais de rendimento do que aconteceu no ano passado. Também vamos devolver parte dos juros pagos. Então, a cooperativa traz um modelo mais justo e ela enxerga que precisa caminhar ao lado do associado. Preciso apoiá-lo a crescer, a gerar emprego e renda. Lógico, ela tem que ganhar um pouquinho para poder ser sustentável. Então, misturamos esses dois propósitos, humanizar as relações financeiras e auxiliando o nosso associado a se desenvolver economicamente.


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Vendas nas livrarias caem 30% devido ao reaproveitamento de materiais

Próximo

Azul anuncia oito novas rotas regionais no Rio Grande do Sul

Economia